VIDA DIGITAL

"Temos de assumir que tudo o que fazemos online é público"

Muito se tem discutido sobre o direito à privacidade digital e quão seguras estão as nossas informações quando governos e estados procuram assegurar a segurança e prevenir ataques terroristas. Mesmo que esteja disposto a abrir mão da sua privacidade, o CEO do serviço de rede VPN CyberGhost, Robert Knapp, quer que pense sobre a importância de manter a sua privacidade.
“O online é apenas uma extensão de nós próprios. Tudo o que fazemos online é criar um perfil de quem somos. O direito à privacidade é importante em qualquer democracia livre. Agora, todos os nossos dados, a nossa informação médica e até o histórico psiquiátrico, tudo sobre nós pode ser tornado público a qualquer momento”, apontou Knapp.
Mesmo a integração de encriptação para vedar acesso à informação não é um método confiável. Nota Knapp que não há provas que agências de informação como a NSA não tenham acesso a elas graças às próprias empresas tecnológicas a quem confiamos os nossos dados. São estas ‘portas de traseiras’ que podem vir a ser aproveitadas por hackers para ter acesso a informação.
Não podemos parar ‘ransomware’ a menos que sejam passadas leis que ajudem a criar um standard legal que encripte tudo. Os hackers também podem explorar ‘portas de traseiras’ portanto não deveria haver leias que permitissem ao governo fazê-lo. Até lá temos de assumir que tudo o que fazemos online é público. Atualmente não há forma de garantir que tenham privacidade”, declarou Knapp.

Miguel P. Dias